Você sabia que não é somente o consumo excessivo de álcool que leva a cirrose hepática?

23 julho, 2024

A cirrose hepática é uma condição crônica do fígado caracterizada pela substituição do tecido hepático saudável por tecido cicatricial (fibrose), levando à perda da função hepática normal. Ela pode ser causada por diversas condições, incluindo:

1. Consumo excessivo de álcool: o consumo crônico e excessivo de álcool danifica diretamente as células do fígado, levando à inflamação e, eventualmente, à formação de cicatrizes.

2. Esteatose Hepática (Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica - DHGNA): ocorre quando há acúmulo de gordura no fígado, que pode progredir para inflamação hepática (esteato-hepatite) e, eventualmente, cirrose. A DHGNA está fortemente associada a fatores como obesidade, resistência à insulina e diabetes tipo 2.

3. Hepatites Virais B e C: as infecções crônicas pelos vírus das hepatites B e C são importantes causas de cirrose em todo o mundo. Esses vírus podem causar inflamação crônica do fígado (hepatite crônica), que ao longo do tempo pode levar à fibrose e à cirrose.

Os danos causados pelo álcool, pela esteatose hepática e pelas hepatites B e C são progressivos e podem levar a complicações graves, como hipertensão portal (aumento da pressão nas veias do fígado), ascite (acúmulo de líquido na cavidade abdominal), encefalopatia hepática (deterioração mental devido à insuficiência hepática) e aumento do risco de câncer de fígado.

É importante destacar que a cirrose hepática é uma condição grave e irreversível que pode ser evitada com a prevenção das causas subjacentes, como moderação no consumo de álcool, controle de peso e vacinação contra o vírus da hepatite B. 



 

Infecção pela bactéria Helicobacter pylori

3 julho, 2024

O Helicobacter pylori (H. pylori) é uma bactéria capaz de colonizar o revestimento do estômago humano levando a formação de úlceras pépticas, feridas abertas que se formam no interior do estômago ou do duodeno. A contaminação se dá principalmente por meio de água e alimentos contaminados em situações desfavoráveis de saneamento básico. 

O processo inflamatório prolongado causado pelo H. pylori (gastrite crônica) está fortemente ligado ao risco de câncer gástrico numa relação complexa e multifatorial, envolvendo interações entre a bactéria, o hospedeiro e fatores ambientais.

O diagnóstico pode ser realizado por meio de diferentes exames, sendo a Endoscopia Digestiva Alta, o mais usual. A erradicação do H. pylori, com o uso de antibióticos, é uma estratégia eficaz para tratar úlceras pépticas e reduzir o risco de câncer gástrico em indivíduos infectados.



 

Intolerância a Lactose e Doença Celíaca

3 julho, 2024

A intolerância à lactose ocorre quando o organismo deixa de produzir a enzima digestiva necessária para digerir o açúcar encontrado no leite e seus derivados.

Sem essa enzima (lactase) a lactose não é digerida adequadamente no intestino delgado e chega ao cólon (intestino grosso), onde é fermentada por bactérias, causando sintomas como dor abdominal, gases, inchaço e diarreia.

O tratamento geralmente envolve evitar produtos lácteos ou tomar suplementos de lactase para ajudar na digestão.

Por sua vez a Doença Celíaca é uma condição autoimune em que o sistema imunológico reage adversamente ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, cevada, malte e centeio. 

Nessa condição o consumo do glúten desencadeia uma resposta imunológica que danifica as vilosidades do intestino delgado, resultando em má absorção de diversos nutrientes.

Os sintomas variam amplamente e podem incluir dor abdominal, diarreia, fadiga, perda de peso, entre outros. O diagnóstico é feito através de exames de sangue para anticorpos específicos e biópsia intestinal para confirmar danos às vilosidades.

O tratamento principal é a dieta livre de glúten em condições requerem diferentes abordagens dietéticas e cuidados médicos para gerenciar os sintomas e promover a saúde digestiva.



 

Você sabe o que é a Doença do Refluxo Gastroesofágico?

3 julho, 2024

A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma condição em que o conteúdo ácido do estômago retorna para o esôfago de forma anormal e frequente, causando sintomas desconfortáveis.

Os sintomas da DRGE incluem azia, regurgitação ácida (sensação de refluxo de ácido no fundo da garganta), dificuldade para engolir, dor no peito, tosse crônica e rouquidão. Fatores como obesidade, gravidez, tabagismo, consumo excessivo de álcool, certos alimentos e medicamentos podem contribuir para o desenvolvimento da DRGE.

O tratamento geralmente envolve mudanças no estilo de vida (como evitar alimentos desencadeadores e perder peso, se necessário) e medicamentos para reduzir a produção de ácido, os famosos "prazóis". Em casos graves ou quando outros tratamentos falham, pode ser considerada a cirurgia para corrigir o refluxo.